Quando o Rei Juan Carlos mandou o Chávez calar a bôca durante a Forum Íbero-Americano em Santiago do Chile houve um silêncio geral na platéia. Parecia o pai dando um grito com o filho, porém sem nenhum afeto. A beleza foi a honestidade e espontaneidade do Rei da Espanha. Êle não fez o polìticamente correto, fez o que lhe pareceu correto. Que é o que todos nós deveríamos fazer ao invés de jogar o jôgo da falsidade, da tapeação. No meu dia a dia de corretôr de imóveis aqui na Flórida, sinto que cada vez mais as pessoas estão realmente interessadas na verdade, nada mais que a verdade. Já se foi o tempo dos floreios, das máscaras, da encenação. Os consumidores estão de saco cheio das palavras bonitas, bem ensaiadas, com o tom ensaboado, sem sentido e vazias. Êles querem transparência, querem conhecer os fatos, o lado positivo e o lado negativo. Querem a verdade bem dita como dizia um empregador meu do passado. Meu ponto de vista é que devemos usar nossos argumentos, sempre verdadeiros, dôa a quem doer. E não simplesmente cair na tentação de dizer ou demonstrar o que muitos querem ouvir e que seja a saída fácil. No final das contas todos sairão perdendo. Porisso muitas vêzes, parafraseando o Rei Juan Carlos é melhor dizer para si mesmo: “Cala-te bôca”. E bola prá frente.